Fazer amigos quando se é jovem pode ser tão simples como partilhar um brinquedo ou decidir que somos subitamente “melhores amigos”. Mas quanto mais velha formos, menos simples se torna – pelo menos pode sentir-se assim. Já deve ter passado algum tempo desde que muitos de nós tivemos de nos colocar lá fora. Podemos sentir-nos fora de prática e, no mínimo, um pouco confusos sobre o que deveríamos realmente dizer a alguém que gostaríamos de conhecer melhor.
Não há uma forma correcta de abordar alguém com quem se queira ser amigo, mas aqui estão algumas ideias que podem ajudar.
Aumentar uma semelhança
A amizade nasce no momento em que uma pessoa diz a outra: “O quê! você também? Eu pensava que era o único”. – C.S. Lewis
É verdade o que dizem; a raiz da amizade é frequentemente uma semelhança subjacente, quer seja um interesse partilhado, um passatempo, ou sentido de humor. É por isso que apontar algo que tem em comum é uma óptima forma de abordar alguém com quem se quer ser amigo. Comentar o seu amor partilhado por caminhadas, sushi, ou música jazz mostra que está a prestar atenção e está interessado na outra pessoa e pode preparar o palco para futuras conversas e passeios, e para uma amizade. O segredo é não o forçar. Evite exagerar e não tente ser alguém que não é. Notar e destacar semelhanças genuínas não só o fará sentir-se mais confortável a aproximar-se de alguém, como também o ajudará a dar-se por autêntico e aumentará as probabilidades de se dar realmente bem.
Ask-lhes uma pergunta
Asking someone a question is another option. Mas se quiser realmente ter uma oportunidade de iniciar uma conversa real, é melhor evitar perguntas sobre a hora ou o tempo actuais. Faça perguntas ponderadas e abertas, perguntas essas que lhe interessam realmente aprender as respostas. Peça uma recomendação específica para um restaurante, uma nova aula de ginástica, ou o melhor café próximo para trabalhar. Se for alguém que conheça um pouco, peça feedback sobre algo que tenha escrito ou criado. Este tipo de perguntas mostra que tem interesse na opinião da outra pessoa, o que sugere que tem confiança nela. Também dão um vislumbre da sua própria personalidade e fazem conversas de seguimento – como conversar sobre como correu aquela aula de exercício ou mesmo sugerir que vão a uma juntos – um pouco mais fácil!
Pagar-lhes um elogio
Complementos de estranhos ou pessoas que não conhecemos bem podem ser tão poderosos. São frequentemente inesperados e profundamente apreciados. É por isso que pode ser uma forma tão impactante de nos aproximarmos de alguém com quem queremos ser melhores amigos. Pode ser mais fácil elogiar as coisas que são óbvias, como a aparência física ou o estilo, mas se nos sentirmos à altura, façamos algo um pouco mais pessoal. Elogiar a sua ética de trabalho, criatividade, comentário perspicaz, compaixão, ou grande riso. Explique o que gosta dele e porque o move. Este tipo de elogios genuínos e perspicazes são os que nos acompanham. E ir além do superficial pode fazer com que as pessoas se sintam vistas e ouvidas de formas que realmente fomentam a ligação e a amizade.
A única advertência: Quando se trata de elogios, é melhor evitar exagerar. Normalmente, quanto mais se dá, mais insincero se pode começar a sentir. E idealmente, a maioria de nós quer amizades baseadas no equilíbrio e na igualdade, não na adulação.
Oferta de ajuda
Uma das principais coisas que separa os bons amigos dos conhecidos casuais é o contínuo apoio emocional, prático e social. É por isso que deixar alguém saber que está lá se precisar de ajuda, (por exemplo, resolver um problema com uma tarefa escolar ou de trabalho, ou mesmo com algum trabalho pesado) é uma óptima maneira de se aproximar deles e subtilmente deixá-los saber que estão interessados em ser amigos. Isto pode funcionar especialmente bem se forem capazes de trabalhar em conjunto para um objectivo comum (por exemplo, como treinar juntos para uma próxima corrida). Por vezes, oferecer apoio tangível ou ter um objectivo concreto em mente pode facilitar a aproximação de alguém na esperança de se tornar melhor amigo.
Use humor
Esta abordagem não é para todos, e pode ser mais difícil de conseguir se não for algo a que está habituado. Não se trata de piadas de batidas e definitivamente não se trata de tentar mostrar a sua sagacidade ou charme. Na verdade, tem muito pouco a ver com impressionar outra pessoa e tudo a ver com tentar fazer com que ambos se sintam mais à vontade. Partilhar um comentário ou uma piada de mau gosto, a sua propensão para trocadilhos, ou a sua tendência para se auto-depreciar, dá à outra pessoa um vislumbre da sua personalidade e pode ser uma óptima forma de se ligar. Basta lembrar, o melhor é evitar pôr outra pessoa no chão, mesmo de uma maneira brincalhona. E não seja demasiado duro consigo mesmo se o seu humor não aterrar. No mínimo, pode ser um teste de tornassol útil para ver se consegues criar laços por cima do teu sentido de humor!
Ser honesto
Esta última estratégia é a que nos pode fazer sentir mais vulneráveis. É difícil colocar-se lá fora e preocupar-se com a possibilidade de ser rejeitado. Mas quando sentimos que temos mais a perder, temos definitivamente mais a ganhar. Se tiver tido apenas breves interacções com alguém que queira conhecer melhor, não faz mal nenhum partilhar que procura conhecer novas pessoas e que gostou realmente das conversas que teve até agora. Ser directo sobre o seu desejo de fazer novos amigos não tem de ser uma coisa muito assustadora. Informem-nos casualmente que ficariam felizes por conversar novamente ou por se encontrarem num contexto diferente (por exemplo, “Ei! gostei muito da nossa conversa! Há alguma hipótese de estar aberto a tomar um café um dia destes?” ou “Na verdade, acabei de me mudar para cá e não conheço realmente ninguém. Adoraria encontrar um tempo para sair e talvez dar um passeio juntos!”). As pessoas são frequentemente muito mais receptivas a isto do que esperamos. Podem até ficar aliviadas por ter dado o primeiro passo!
Independentemente do facto de gostarem de ser melhores amigos ou preferirem uma abordagem mais subtil, tenham em mente que se trata de um processo. É preciso tempo, paciência, vulnerabilidade e repetição – o que significa muitas oportunidades para praticar estas diferentes abordagens!