Gestão e Tratamento
Como adulto com anomalia de Ebstein, quando necessitarei de tratamento?
Anomalia de Ebstein tem a maior variação de gravidade entre todos os defeitos cardíacos congénitos. Alguns bebés com o defeito não sobrevivem à gestação, enquanto outros indivíduos vivem uma vida normal e nunca precisam de tratamento.
Como um adulto com uma ligeira malformação de Ebstein, pode não precisar de qualquer tratamento durante anos. Se tiver uma arritmia, poderá ser tratado com medicação para controlar o ritmo cardíaco e o ritmo cardíaco. Dependendo da gravidade da arritmia, poderá necessitar de tratamento não cirúrgico, como a ablação por radiofrequência para fixar o seu ritmo cardíaco. Se desenvolver insuficiência cardíaca, poderá necessitar de outros medicamentos, tais como um diurético.
O curso da anomalia de Ebstein é imprevisível, contudo, e a condição poderá agravar-se ao ponto de os seus sintomas serem incómodos, ou o seu coração poderá aumentar, levando a uma diminuição da função cardíaca. Em qualquer destas situações, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.
Que tipo de cirurgia é utilizada para tratar a anomalia de Ebstein?
A anomalia de Ebstein é um defeito cardíaco raro, particularmente entre adultos, por isso, se necessitar de cirurgia, vai querer escolher um cirurgião com experiência no tratamento de adultos com esta condição específica. O local mais provável para encontrar um cirurgião cardíaco com este tipo de experiência será num grande centro médico académico.
Existem vários procedimentos cirúrgicos utilizados para tratar a anomalia de Ebstein:
Repair ou substituição da válvula tricúspide
O objectivo desta cirurgia é fixar a válvula defeituosa entre o átrio direito e o ventrículo direito de modo a que os folhetos abram e fechem correctamente.
Quando existe tecido suficiente, a válvula pode ser reparada. Este é o tratamento preferido porque utiliza o seu próprio tecido. Quando a válvula existente não pode ser reparada, é possível substituí-la por uma válvula mecânica ou por uma feita de tecido biológico. Se receber uma substituição mecânica da válvula, terá de tomar medicação para diluir o sangue para o resto da sua vida.
Reparação do defeito do septo atrial
Muitas pessoas com anomalia de Ebstein têm um buraco no septo (o tecido entre as câmaras superiores do coração). Este furo será fechado cirurgicamente ao mesmo tempo que é realizada a reparação da válvula.
Cirurgia de arritmia (procedimento de labirinto)
Dependente do tipo de arritmia que tiver, poderá ser submetida a cirurgia de labirinto em combinação com a cirurgia da válvula. Durante a cirurgia do labirinto, o cirurgião cria novas vias eléctricas no coração que restauram o ritmo cardíaco normal.
Tranplante de coração
Nos casos mais graves, quando a válvula está gravemente deformada, a função cardíaca é deficiente e outros tratamentos não são eficazes, um transplante de coração pode ser a melhor opção de tratamento.
Num estudo recentemente publicado de pacientes entre os 4 e 58 anos de idade que foram operados à anomalia de Ebstein, a sobrevivência e função cardíaca foram muito boas 10 anos mais tarde.