Escala Allen – Avaliação de Ecrã de Nível Cognitivo Allen

Escala Allen / Níveis Cognitivos

Escala Allen Cognitive ou Escala ACL (Allen & Azul, 1998) foi desenvolvido no final da década de 1960 por Allen e colegas através da observação sistemática e documentação de padrões previsíveis de desempenho de adultos em ambientes de saúde mental em regime de internamento, enquanto participavam em actividades da vida diária (ADL), actividades instrumentais da vida diária (IADL) e actividades de lazer. Foi identificada uma hierarquia ordinal de seis padrões de desempenho distintos, ou níveis cognitivos, que foi posteriormente alargada para incluir 52 modos de desempenho. Os níveis e modos cognitivos parecem reflectir conjuntos de processos cognitivos subjacentes que afectam o desempenho funcional, ou seja, acções motoras e comportamentos verbais observados enquanto indivíduo envolvido numa actividade (Austin, 2009).

Os seis níveis cognitivos são intitulados com as acções motoras proeminentes, observáveis e voluntárias associadas ao nível (Allen, Earhart, & Blue, 1992). Os níveis são uma hierarquia de capacidades cada vez mais complexas, com as menores e mais simples capacidades cognitivas e capacidades funcionais disponíveis descritas pelo nível cognitivo 1 e as mais complexas pelo nível cognitivo 6. A escala é cumulativa, ou seja, assume-se que os indivíduos que funcionam dentro do nível cognitivo 3 têm também todas as capacidades descritas dentro dos níveis cognitivos 1 e 2. Assume-se também que um indivíduo a funcionar dentro do nível cognitivo 3 não teria capacidades descritas pelos níveis cognitivos 4, 5, e 6. Assim, o mesmo ponto na escala de níveis cognitivos identifica tanto a gravidade da incapacidade cognitiva como as capacidades disponíveis de um indivíduo.

Em cada nível cognitivo, as capacidades são descritas com maior especificidade por 5 modos de desempenho, indicados por uma decimal numérica par após o nível (e.g. 1.2, 1.4, 1.6, etc.) No seu estudo de validade de três avaliações Allen Diagnostic Module – 2ª edição (ADM-2), Austin (2009) encontrou apoio para a utilização dos modos de desempenho dentro dos modos 3.0 a 4.8 como gradações distintas de capacidade baseadas no método de análise Rasch. Os títulos dos seis níveis cognitivos e dos 26 modos de desempenho estão descritos no quadro seguinte.

Títulos dos seis níveis cognitivos e 26 modos de desempenho

Titles of Levelsa Titles of Modesb
.0 .2 .4 .6 .8
Coma .8

Acções reflexivas generalizadas

Nível 1: Acções automáticas 1.0

Retirada de estímulos nocivos

1.2

Responder a estímulos com um sistema sensorial

1.4

Espiculos de localização

1.6

Rolling in bed

1.8

Subir parte do corpo

Nível 2: Acções posturais 2.0

P>Gravidade de superação & sentado

2.2

Reacções à direita/em pé

2.4

Caminhar sem objectivo

2.6

Caminhar com direcção

2.8

Using grab bars

Nível 3: Acções manuais 3.0

Agarrar objectos

3.2

Distinguir objectos

3.4

Acções de manutenção nos objectos

3.6

Efeitos de observação nos objectos

3.8

Using all objects

Level 4: Acções orientadas por objectivos 4.0

Sequenciação de acções familiares

4.2

Características diferenciadoras dos objectos

4.4 Completando um objectivo 4.6 Características de personalização de objectos 4.8

Learning by rote memorization

Level 5: Acções exploratórias 5.0

Comparing & variações de acções & objectos

5.2

Discriminando entre conjuntos de acções & objectos

5.4

Aprendizagem autodirigida

5.6

Consideração dos padrões sociais

5.8

Consultando com outros

Level 6: Acções planeadas Cérebro adulto a funcionar tipicamente e capacidades cognitivas funcionais

a Os títulos dos níveis são proeminentes, observável, acção motora voluntária associada ao nível

b Os títulos dos modos são um comportamento cognitivo funcional observável característico do modo.

br>Allen, C. K. & Blue, T. (1998). Modelo das deficiências cognitivas: Como fazer julgamentos clínicos. Em N. Katz (ed.), Cognitive rehabilitation: Modelos de intervenção em terapia ocupacional. Bethesda, MD: American Occupational Therapy Association.

Allen, C. K., Earhart, C. A., & Blue, T. (1992). Objectivos do tratamento de terapia ocupacional para os deficientes físicos e cognitivos. Bethesda, MD: American Occupational Therapy Association.

Austin, S. A. (2009). Hierarquias de capacidades e exigências de actividade no Módulo de Diagnóstico Allen 2ª Ed.: Um estudo de validade (Dissertação de doutoramento inédita.). Universidade de Illinois, Chicago.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *