Criar uma nova mitologia é, evidentemente, o desafio que a Disney enfrenta com a Guerra das Estrelas. Kennedy é um produtor experiente e competente, mas não é um visionário criativo. (Ela fez o seu nome como produtora do visionário criativo Steven Spielberg). Quem melhor do que Favreau para desempenhar um papel de liderança no traçado do curso? Ele tem lealdade dos fãs. Ele é como a equipa Disney, tendo dirigido The Jungle Book e The Lion King. Trabalhou com Kennedy no esforço importantíssimo para lançar a Disney+. E depois de consultar, produzir e actuar em filmes Marvel, ele também está perto com Feige.
Então, com ou sem Kennedy, fontes dizem que parece provável que Favreau terá muito a dizer sobre o futuro da Guerra das Estrelas. Estas fontes também dizem que a equipa ideal de Kennedy inclui papéis-chave para Michelle Rejwan, uma produtora do Episódio IX e do desenvolvimento e produção de acção ao vivo do vp sénior de Lucasfilm, e Dave Filoni, o veterano director de animação e George Lucas protege que dirigiu acção ao vivo pela primeira vez com dois episódios de Mandalorian. Mesmo que a permanência na Lucasfilm não esteja nas cartas para Kennedy, este plano permitir-lhe-ia fazer o trompete de que fez o trabalho para o qual foi contratada – completando a saga Skywalker – e deixou a franquia em boas mãos.
Mas, no lado do filme, nada vai acontecer rapidamente. Iger já notou um filme da Star Wars “hiato” numa chamada de rendimentos de 7 de Novembro. Em Setembro, disse ao The New York Times que a Disney “pôs um pouco de mais no mercado demasiado depressa”. (Foi ele que se apressou a sair Solo: A Star Wars Story em 2018, apesar das apreensões de Kennedy? Bem, sim.)
Fontes dizem que Kennedy tem um filme no convés para 2022, mas não aquele que está a ser desenvolvido pelo cineasta The Last Jedi Rian Johnson. (Nenhum anúncio está previsto até Janeiro.) O contrato de Kennedy termina em 2021, por isso não é claro se ela estará no trabalho quando este filme for concluído. Kennedy insiste que tem gostado de dirigir o Lucasfilm, mas de certa forma é difícil ver como. Ela teve um dos trabalhos mais difíceis de Hollywood: inventar histórias sob um holofote branco e negociar num universo onde fãs raivosos têm muitas ideias, na sua maioria sobre o que não querem. E ela foi escolhida por Lucas antes de ele vender à Disney, não ao Iger. Não é difícil imaginar que Iger gostasse de instalar a sua própria escolha para encabeçar este enfeite que custou 4 mil milhões de dólares e tem gerado algumas dores de cabeça desde então. Também não é difícil imaginar que Iger não tenha desfrutado do ruído negativo em torno da franquia, apesar dos quase 5 mil milhões de dólares em bilheteira global das quatro parcelas da Disney desde 2015.
Fãs ficaram entusiasmados quando o THR relatou que Feige tinha lançado um filme Guerra das Estrelas. Mas por agora, o seu prato está carregado. Ele está num ponto pivô com o fim da saga Infinity em termos de filmes. Assumiu o controlo das personagens Marvel que anteriormente pertenciam à Fox. E outro filme do Homem-Aranha acabou de lhe cair no colo (agora que a Sony Pictures ganhou juízo). Feige também está a lançar espectáculos em sequência rápida para a Disney+, começando com Falcon e o Winter Soldier no Outono de 2020. E, claro, transferi-lo para Star Wars arrisca-se a adulterar a magia da Marvel. Mas alguns observadores da indústria ainda acreditam que Feige, 46 anos, é o futuro. Dado o seu historial, diz um agente de cinema, “Se és um falcão, tens de descobrir uma forma de usar essa pessoa”
Aaron Couch contribuiu para este relatório.
Esta história apareceu pela primeira vez na edição de 20 de Novembro da revista The Hollywood Reporter. Para receber a revista, clique aqui para subscrever.