Pós-estruturalismo

O pós-estruturalismo baseia-se no conceito de sobredeterminação, mesmo quando o conceito não aparece explicitamente nas apresentações textuais.

Sobredeterminação como epistemologia implica a ausência de uma ruptura entre o discurso e os objectos do discurso. Implica que a teoria não está separada da realidade nem a realidade está separada da teoria. Vemos o que somos TAUGHT para ver nos conceitos que APRENDECEMOS. Os conceitos que APRENDIZAMOS são complexamente moldados pelo fluxo da realidade da qual somos elementos.

p>Pós-estruturalismo reconhece o poder do discurso para moldar a realidade (tanto a percepção da realidade como a realidade concreta que é percebida).O discurso (teoria) pode produzir SONHO de objectos FICTIVOS, tais como a raça (como em branco), ou negar SONHO de relações/objectos sociais REAIS, tais como a classe (como em relações de classe feudal). Por outras palavras, em qualquer momento e entendimento teórico, experimentamos apenas aspectos limitados do mundo e parte do que experimentamos baseia-se em falsidades embutidas em alguns dos discursos que aprendemos (falsidades no sentido de não existir separadamente das construções teóricas, nem sequer satisfazendo a coerência dos objectos definidos dentro desse discurso, assentam na investigação com base nas regras internas da coerência e do facto do discurso (e.g. a noção genética de raça falha ao inspeccionar a correlação entre as características físicas atribuídas aos toráculos e a composição genética das pessoas assim agrupadas)).

Como ontologia, a sobredeterminação implica que a existência é constituída por processos mutuamente constitutivos. Esta existência sobredeterminada/BEING é complexa e não obedece à rigidez da grande narrativa que procura encontrar uma singular Verdade explicável sobre a realidade. Nesta complexidade, todos os processos estão continuamente em estado de transformação e os Processos são um movimento/alteração/afinamento contínuo.

AsHeraclitus disse: “Nunca se pode pisar duas vezes no mesmo rio”

Pós-estruturalismo significa ir além do estruturalismo das teorias que implicam uma rígida lógica interna de torelações que descrevem qualquer aspecto da realidade social, seja em linguagem inlíngua (Ferdinand de Saussure ou, mais recentemente, Noam Chomsky) ou em economia (marxismo ortodoxo, neoclassicalismo, ou keynesianismo). Marxand Freud tem, alternativamente, sido descrito como estruturalista (criador de grandes narrativas deterministas) e como pós-estruturalista (rompendo com o empreendimento de grandes narrativas criadoras deterministas) nas suas inovações teóricas e invenções. O mesmo tem acontecido com Michel Foucault e Louis Althusser, embora ambos sejam geralmente considerados como pensadores pós-estruturalistas (embora tenham tido os seus momentos estruturalistas).

É a totalidade como uma máquina com partes diferentes ou um rio que se move e muda para sempre, nunca a mesma? Estaremos a viver no universo de Parmenides ou no universo uni(multi)verso de Heráclito?

O pós-estruturalismo foi/é, ele próprio, superdeterminado por processos sociais, incluindo os movimentos estudantis dos anos 60 pela democracia, processos económicos não exploradores, e relações não-opremitivasociais, em geral, e contra o economicdeterminismo das versões ortodoxas (leia-se Estalinista) do marxismo. Os teóricos que inovaram a teologia do sobredeterminismo (introduzida pela primeira vez nas ciências sociais por Freudat na viragem do século XX) queriam deslocar noções de estruturas sociais estáticas com noções de processos sociais que eram sempre influxos e, portanto, capazes de serem alterados de forma progressiva (ou, alternativamente, alterados de forma regressiva). Era um ataque preeminente à apatia.

As revoltas estudantis de 1968 em Paris e Praga (“Primavera de Praga”) foram momentos importantes que alimentaram o movimento geral para repensar a dinâmica pela qual a história é feita.

No mundo pós-estruturalista, a teoria tem necessariamente um efeito anefeito, um efeito complexo, tipo ondulação em TUDO.

O filme, Memento, é um exemplo interessante de pós-estruturalismo cinematográfico.

p>Ver o excelente e provocador de pensamento de Barbara Epstein, “Interpretar o Mundo (Sem Mudá-lo Necessariamente)”

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