A “História” da Vacina da Gripe de 1940 a 2030?

p>Disponibilizado na BBC Two’s ‘Trust Me, I’m a Doctor’, a história do vírus da gripe e o desenvolvimento de um novo tipo de vacina contra a gripe – uma Vacina Universal contra a Gripe proporcionou aos telespectadores uma visão útil e interessante. Ao contrário da vacina convencional actual, esta nova vacina futura protegeria pessoas durante várias estações, e mesmo no caso de surgir um vírus da gripe novinho em folha, como aconteceu em 2009.

Propomos desenvolver uma Vacina Universal contra a Gripe, o que significa que as pessoas não precisam de ser vacinadas todos os anos, e estão preparadas para o inesperado. Neste blogue, vamos explorar a história da vacina – bem como uma breve história do próprio vírus – para criar o cenário.

O Início?

A primeira descrição da gripe foi descrita no ‘Livro das Epidemias’ por Hipócrates em 412 a.C., onde ele delineou muito claramente os sintomas do vírus. No entanto, o primeiro “surto oficial” do vírus não foi descrito até 1580. É nesta altura que os registos podem mostrar a primeira epidemia, encaixando a descrição completa da gripe tal como a descrevemos agora. Pode ter resultado na dizimação de cidades inteiras.

O termo influenza tem origem na Itália nos anos 1400; isto foi depois da epidemia de “Influência das Estrelas” que assolou a Europa, Ásia e África. Mais de 31 potenciais surtos foram registados entre 1404 – 1900, resultando em milhares de mortes.

No século passado ocorreram três pandemias de gripe – a gripe espanhola, a gripe asiática e a gripe de Hong Kong. A gripe espanhola, que provavelmente teve origem em França, matou até 100 milhões de pessoas – mais do que as duas guerras mundiais juntas!

Mas o que causou a gripe?

Um grupo em Londres liderado por Wilson Smith, juntamente com os seus colegas Sir Christopher Andrewes e Sir Patrick Laidlaw, descobriram a causa da gripe. Ninguém sabia, até então, que se tratava de um vírus.

Logo a seguir (nos anos 40) outro vírus foi também identificado, e denominado influenza B. Este vírus é também uma importante causa de doença em humanos; nesta época (2017/18) este vírus é significativo, e é conhecido este ano como “gripe japonesa”. Também este ano, uma variação do vírus da gripe está a causar problemas significativos em todo o mundo, e é conhecido como “Aussie Flu”, ou “H3N2”.

The History of the Vaccine

A descoberta do vírus da gripe levou ao teste precoce de uma simples “vacina contra o vírus morto” nos anos trinta nas tropas britânicas. Mais tarde, nos anos 40, foi testada a primeira vacina oficial, tendo sido demonstrado que esta simples vacina contra o vírus morto era eficaz – e protegia as pessoas contra essa estirpe/tipo de gripe. Contudo, a vacina apenas protegia contra a estirpe/tipo de gripe que “continha”, e não contra qualquer nova gripe que pudesse aparecer.

p>A vacina contra o vírus morto estava “bloqueada” na altura em que foi feita, e só podia proteger contra os vírus de que foi feita.

A Vacina e o Futuro

A actual vacina convencional contra a gripe e o seu potencial para proteger pessoas e salvar vidas está constantemente a ser desenvolvida, e o trabalho está longe de estar completo. A eficácia da vacina varia enormemente a cada ano, de apenas 3% a 70%.

Em 2009, o mundo assistiu ao primeiro surto de um vírus pandémico da gripe neste século. Estes novos vírus ocorrem quando o vírus faz malabarismos com os genes de outro vírus num animal diferente, e depois os seres humanos são expostos a um vírus nunca antes visto.

Cada ano, no entanto, o vírus também muda lentamente. Ao contrário de um vírus da gripe pandémica que aparece do nada, estes vírus anuais são causados por mudanças lentas e subtis. Devido a estes vírus que se propagam (conhecidos como desvio antigénico para cromos científicos no campo) todos os anos, precisamos de ter uma nova vacina.

Este ano, com a gripe australiana, vimos que a gripe pode apanhar-nos desprevenidos. Sabemos que o vírus “derivou” ligeiramente do que está na vacina. A vacina anual não é perfeita, depende de um juízo que a bloqueia, mas nos meses que se seguem o vírus pode mudar.

Além disso, tivemos “gripe japonesa” – este era um vírus B. Em muitos países, a vacina anual não continha um vírus morto que protegia contra essa estirpe, pelo que lemos agora muitos relatórios de “gripe japonesa”.

Este ano, ainda estamos no meio de um grande surto de gripe no hemisfério norte. Os sistemas de saúde na maioria dos países estão no ponto de ruptura. Isto segue-se a um surto no hemisfério sul que, pelo menos na Austrália, foi relatado como o pior de sempre.

Precisamos de uma vacina, uma Vacina Universal contra a Gripe, não uma vacina bloqueada a determinadas estirpes do vírus, que proteja contra o vírus à medida que este sofre mutações lentas e se afasta da utilizada na vacina convencional todos os anos. Precisamos também de uma vacina que proteja contra o inesperado vírus pandémico que pode aparecer do nada, como aconteceu com consequências devastadoras em 1918, e mais recentemente em 2009 – quando se acredita que até 1 milhão de pessoas tenham morrido.

Na FluCamp, estudamos vírus como a gripe e o frio comum em condições seguras e controladas, através da utilização de ensaios clínicos. Esperamos que um dia o nosso trabalho, com a ajuda dos nossos voluntários, contribua para o desenvolvimento de uma vacina que proteja contra qualquer vírus da gripe que se possa desenvolver lentamente ou aparecer de repente.

p>Voluntários saudáveis, como aqueles que recrutamos, são, na pior das hipóteses, susceptíveis de acabar na cama a sentir-se ásperos, mas o que aprendemos com eles tem sido, e muito é, inestimável.
Para saber mais sobre a FluCamp e o trabalho que fazemos, clique aqui para mais informações, ou ligue-nos para 0207 756 1414.

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